Essa visita era muito importante para ambos os países, as relações entre França e Brasil sempre foram muito fortes. Nessa vista oficial o Presidente Jacques Chirac, passou por Brasilia, onde foi recebido pelo Presidente da República e depois foi para a cidade do Rio de Janeiro, e por último passaria por São Paulo, que é onde as negociações ocorrem, tanto pelo lado político, quanto a força do empresariado paulista.
Ele ficou hospedado no Hotel Renaissance, onde teríamos o almoço de boas vindas e um encontro com a imprensa que ocorreria no Hotel Intercontinental, na mesma rua, porém , numa quadra adiante.
O banquete foi preparado pelo Consulado da França em São Paulo, em conjunto com os empresários de empresas francesas sediadas em São Paulo. Estava preparada para umas 200 pessoas.
Na mesa principal estavam o Governador Mário Covas, o Prefeito Celso Pitta de São Paulo, os embaixadores , o Presidente Fernando Henrique Cardoso, e autoridades do governo francês que acompanhavam o Presidente Jacques Chirac.
Ao iniciarem os serviços – a grande marca presente seriam os vinhos franceses , além da famosa champanhe.
O Maitre chegou até a mesa, acompanhado do Chefe do Cerimonial do Governo Francês, e perguntou qual o vinho que o Presidente gostaria de beber – ele sem pensar , respondeu – “Eu quero um caipirinha de limão e duas cervejas brahma!!!, todos da mesa ficaram perplexo por essa decisão – foi uma surpresa para o buffet, que não havia pensado nessa opção. Uma equipe do hotel, começou a percorrer os demais ambientes do hotel, bares, para atender esse pedido.
As outras autoridades presentes, ficaram atônitas por não sabiam o que pedir. O Governador Mario Covas, não bebia, optou pela água, porém os demais optaram por acompanhar o Senhor Presidente, e alguns outros optaram pelo vinho francês.
Finalizado o almoço, haveria uma entrevista coletiva no hotel Intercontinental, e por ser próximo, houve a decisão de contar com o apoio do Pelotão de Escolta, militares do Policiamento de Área da Polícia Militar e os agentes de segurança da Presidência Francesa e os nossos agentes da Polícia Federal.
Ao sairmos do hotel, recebemos uma informação que um grupo extremistas havia colocado uma bomba , não explosiva, pois não continha pólvora e sim tinta.
Porém essa a equipe do GATE do Polícia Militar foi acionada e o pessoal anti-bomba da Polícia Federal, agiram com rapidez, o pessoal do Greenpeace queria chamar a atenção do mundo para um problema de aquecimento climático e algumas políticas ambientais do Governo Francês.
Tomamos a decisão de andar com Presidente por ruas da região, fazer voltas, até que o problema fosse resolvido. Não poderíamos alertar para o fato, pois isso geraria um grande desgaste ao Senhor Presidente de República Francesa.
Com muita simpatia, os seus assessores reportaram o fato a ele, que soube lidar com muita tranquilidade.